Tesouros da cantiga, festa e romaria

Joaquim Vasques

Joaquim nasceu em São Paulo em 1919, devido ao facto do seu pai ter emigrado para o Brasil. De volta a Portugal, cando faleceu o seu proxenitor, ele aprendeu a tocar a concertina, sozinho, ouvindo a música do jukebox. Ele combinou este hobbie com o talher de bicicletas que abriu em Vila Praia de Ancora.

Começou coa concertina aos dezanove anos de idade, tocando viras, chulas, gotas, mallãos e músicas ao estilo minhoto. Mais tarde aprendeu a tocar acordeão para fundar uma orquestra com que percorreu Portugal e o sul da Galiza, tocando tangos, boleros e pasodobres. Ele escreve suas canções nos lugares que costumava visitar ou nos meios de comunicação e aprende-las de memória, pois nunca ele nunca soube ler partituras. Joaquim ensinava as canções os membros das orquestras e grupos folclóricos em que atuou. Estas eram tradicionais ou modernas.

Joaquim infundiu sua paixão pela música ao seu filho, Quim Barreiros, que conta uma longa história de carreira musical e é popular graças ao tema A Cabritinha.

Camilo Romero Alonso

Camilo Romero nasceu em Tomiño, em 1935. Quando era criança, começou a trabalhar na agricultura com o seu pai e mais tarde combinou vários empregos com seu amor pela música.

Camilo manteve a antiga tradição das treboadas numa época em que estava a morrer. Ele aprendeu a técnica dos toques com seu tio e seus companheiros. Anos mais tarde, enquanto desaparecia, decidiu retomar a tradição e criou seu primeiro grupo de treboada, a Treboada Baixo Miño. É composto por dois tambores, duas caixas e duas gaitas. Com o tempo, foi necessário aumentar o número de músicos em resposta às exigências de várias entidades e associações que procuram grupos musicais mais grandes.

Hoje a tradição das treboadas está totalmente recuperada e os muitos jovens são incorporados a estes grupos. Dois netos de Camilo, sob os seus ensinamentos, conduzem uma das treboadas mais famosas de Tomiño.