A União Europeia aponta para as oportunidades das fronteiras fluviais como a do Rio Minho como fator de coesão social e crescimento económico

O AETC Rio Minho e o AECT GO (Itália – Eslovénia) promoveram hoje um debate no âmbito dos Side Events da Semana Europeia das Regiões e Cidades (#EURegionsWeek) sobre as peculiaridades das fronteiras fluviais e a sua importância como elo de ligação entre pessoas e territórios. A reunião foi moderada pela Subchefe da Unidade “Interreg, Cooperação Transfronteiriça, Fronteiras Internas” da DG REGIO, Nathalie Verschelde e contou com a presença do Diretor do AECT Rio Minho, Uxío Benítez, Diretora do AECT Go, Romina Kocina, a Euro-deputada portuguesa Isabel Estrada Carvalhais e o Euro-deputado esloveno Matjaž Nemec.

Perante a questão de saber se os rios quebram a continuidade territorial ou, pelo contrário, são um elemento de ligação entre as duas margens, a conferência destacou o papel dos rios internacionais enquanto grande instrumento de coesão e crescimento económico, mas também os problemas que enfrentam no territórios transfronteiriços, tanto na preservação ambiental de suas bacias hidrográficas, face aos entraves jurídicos e administrativos derivados da existência de diferentes regulamentações entre os estados.

No mesmo sentido, o Diretor do AECT Rio Minho, Uxío Benítez, falou sobre os desafios que se colocam ao território galaico-português, que também se encontra sob a proteção da Rede Natura 2000. Por outro lado, lembrou como as restrições às deslocações e o encerramento da fronteira decorrente da crise sanitária do Covid-19 afetou dramaticamente o território do Rio Minho e a mobilidade de cerca de treze mil trabalhadores transfronteiriços durante meses.

Conforme apontado pela representante da DG REGIO, Nathalie Verschelde, a questão dos rios fronteiriços não é marginal, pois existem 51 fronteiras naturais desse tipo na União Europeia, incluindo algumas bem conhecidas como o rio Elba, o Reno ou o Danúbio.